A dependência química é um processo complexo que afeta profundamente o cérebro. Ela ocorre quando substâncias químicas modificam o sistema de recompensa do cérebro, uma rede neural que regula nossas sensações de prazer, motivação e instinto.
As substâncias que causam dependência, como álcool e drogas, estimulam a liberação maciça de neurotransmissores, como a dopamina, gerando uma intensa sensação de euforia. Este é o principal mecanismo pelo qual estas substâncias se tornam agradáveis e atraentes.
O cérebro associa essa sensação de prazer à substância consumida, criando uma forte ligação que leva à compulsão para buscar e usar a substância novamente.
Com o uso contínuo, o cérebro se acostuma com essa alta produção de dopamina e reduz a sua produção natural. A pessoa fica então cada vez mais dependente da substância para sentir prazer, esse processo é conhecido como tolerância. Assim, para sentir o mesmo prazer, o indivíduo precisa consumir cada vez mais da substância.
Por outro lado, a ausência da substância pode levar a sintomas desconfortáveis de abstinência, reforçando o desejo de usar novamente. Além disso, como a produção natural de dopamina é reduzida, atividades anteriores prazerosas podem parecer menos gratificantes.
Lembre-se, a dependência química é uma doença, não uma escolha ou falha de caráter. Se você ou alguém que conhece está lutando contra a dependência, é importante procurar ajuda profissional.
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DRA. ROBERTA BRITO
NEUROPSICÓLOGA
(11) 96032-0284
Rua Serra de Juréa, 134 - Sala 03 - São Paulo - SP
O Mecanismo
por trás da dependência química
